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Quem são os filhos de Deus – despojando do velho homem

continuação de <PN1 – Quem são os filhos de Deus – para adoção X para maturidade>

Como visto no artigo anterior sobre haver uma alma porém 2 naturezas, já fomos salvos em nosso espirito ao nascermos de novo. No entanto como nova criação, logo que cremos ainda somos crianças (τεκνίον – teknion = filho pequeno ou imaturo). Ou seja a nossa experiência como novo homem ainda é muito reduzida, enquanto que a nossa experiência como velho homem, ou a carne, já é extensa. Assim a nossa identidade como velho homem é muito mais forte que a nova identidade como novo homem, que recém nasceu! Portanto agora a escritura nos exorta a assumir a nova identidade, nos despojando de tudo relacionado ao velho homem:

Romanos 8:12,13 > Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.

A ressalva acima ‘se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo’ é fundamental. Indica que não é por meio do nosso velho homem que conseguimos nos despojar dele. No velho homem o máximo que conseguimos é rigor ascético (ver Colossenses 2:23), que é sem valor contra a sensualidade. Precisamos estar fortalecidos no novo homem, nascido de Deus (Efésios 3:16; 6:10; Colossenses 1:11), para que por ele possamos fazer morrer o velho homem com sua natureza caída. Várias religiões valorizam o rigor ascético porque não entendem que o velho homem é inútil. A solução que Deus providenciou para nos salvar do pecado e remover totalmente o pecado é por meio da eliminação do velho homem (Romanos 6:6). O poder para tal está na vida em ressureição do novo homem.

Colossenses 3:5-11 > Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]. Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.

Efésios 4:17-24 > Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.

Romanos 6:5-14 > Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

Gálatas 5:24 > E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

Mateus 16:24 > Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. (também em Mateus 10:38; Marcos 8:34; Lucas 9:23-24)

Sendo o tomar a cruz uma condição para ser discípulo do Senhor: Lucas 14:27 > E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.

Assim, esta libertação vem da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para nós, e nós, para o mundo (Gálatas 6:14). Nós não podemos nos crucificar a nós mesmos. A única maneira é negando a nossa identidade formada no velho homem e tudo associado a esta (como exposto em < O Senhor tendo prioridade em relação aos vínculos e afetos naturais>), seguindo após o CAMINHO aberto pelo Nosso Senhor (Mateus 10:38; 16:24; Marcos 8:34; Lucas 9:23-24). A velha mentalidade religiosa do velho homem insiste em entender as exortações para abandonar a carne como uma questão de mudança de comportamento com assimilação de valores espirituais conforme Deus (o que ocorreu com os Gálatas, Gl 3:3), e não a terminação de uma identificação velha. Isto decorre de não permitir que a mente seja renovada (Romanos 12:1,2; Efésios 4:23). A escritura lista algumas práticas claramente condenáveis com o objetivo de evidenciar que estas todas vem da mesma fonte.

É importante observar que depois de se decidir aceitar Jesus como Salvador, ainda temos outra decisão, que é segui-Lo ou não (ver <A decisão em seguir o CAMINHO>). Este segundo passo envolve o negar a nossa identificação com o velho homem para seguir adiante no CAMINHO que o Senhor estabeleceu para cada um de nós até a maturidade do novo homem. Somos exortados a ter o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Filipenses 2:5-8). Isto envolve fé, crendo que neste CAMINHO todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e foram chamados segundo o Seu propósito (Romanos 8:28). Seguimos a Ele no novo e vivo caminho que Ele abriu (ver a série de artigos <Apresentando o CAMINHO>, <A decisão em seguir o CAMINHO>, <Perseverando no CAMINHO>).

Recomenda-se continuar em <PN3 – Quem são os filhos de Deus – alimentando-se de Cristo>

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