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continuação de <PE4 – Os dois tipos de andar no CAMINHO>
No artigo anterior foi visto que o nosso andar, seja peripateō (περιπατέω) ou stoicheō (στοιχέω), devem ser no Espirito. Isto significa que para permanecermos no CAMINHO dependemos totalmente da orientação e guia do Espirito1. Tentar seguir este caminho sem estar em sintonia e comunhão no Espirito nos coloca em um grande risco de desviar para fora do CAMINHO, pensando estarmos nele. Os desvios podem ser de toda a sorte, e muitos destes aprendemos pela história da Igreja. Um tipo de desvio é descambar para regras e religião, e até rigor ascético. Outro tipo de desvio é presumir que por ser tudo pela Graça e não pelas obras, se descambe para a leviandade e até licenciosidade.
Em qualquer caminho que nos seja desconhecido, a direção de um guia e de um mapa são fundamentais. Também ajuda bastante alguma familiaridade com o tipo de terreno. Por exemplo, se seguimos uma trilha na floresta precisamos saber como reconhecer por onde passa tal trilha, principalmente quando atravessamos uma clareira. O CAMINHO que somos chamados a percorrer pelo Senhor nunca passamos por ele antes2, e precisamos Dele para nos orientar. Principalmente quando temos um adversário feroz em nossa carne que vive tentando nos fazer tropeçar ou desviar deste CAMINHO. Assim o guiar do Espirito é crucial em nossas vidas para tudo:
Gálatas 5:16-18 > Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.
Romanos 8:14 > Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
A Escritura ainda esclarece como funciona este guiar do Espirito:
Colossenses 3:15-17 > “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”
1João 2:27 > Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.
Sem entrega absoluta a Ele, haverá muita dificuldade para serem guiados pela paz de Cristo como árbitro no coração. Esta jornada espiritual é única para cada filho de Deus. Baseia-se na experiência pessoal que revela a história individual que cada um teve com Cristo e na formação de Cristo em cada um3. O resultado será uma nova identidade, única e exclusiva, que o Nosso Deus irá nos conceder4. Este Cristo formado em nós também se constitui em herança para o Nosso Deus, rica em glória5! Assim CADA membro é precioso e tem uma contribuição única para a Igreja, pela qual então o Nosso Deus manifesta assim a Sua multiforme sabedoria6. Também precisamos de CADA membro para que JUNTOS possamos compreender conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento7. Por isto este CAMINHO não é um caminho como estamos acostumados, mas é uma Pessoa Maravilhosa8. Ele é o CAMINHO é também o destino!
Esta percepção espiritual está acessível a todo o filho de Deus, mesmo aquele mais novo e imaturo (Jeremias 31:34; Hebreus 8:11): ‘Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR’. O importante é cultivar estar sensível ao Senhor em nosso espirito. Uma coisa fundamental é seguir nos alimentando da palavra de Deus viva para suprir o novo homem que nasceu em nós quando aceitamos Jesus9.
Por esta razão o principal cuidado que os primeiros evangelistas tinham após pregar o evangelho e batizar era de encomendar os novos convertidos ao Senhor antes de deixá-los, seguindo viajem10. Este é o verdadeiro discipulado a Cristo11. O objetivo do Evangelho é produzir discípulos de CRISTO e não de algum discipulador, por isto já em Antioquia passaram a ser chamados de cristãos12. Este era o segredo de novos convertidos já terem um testemunho forte do Senhor, apesar do pouco tempo de convívio com os apóstolos, como o caso da Igreja em Tessalônica13. Aprenderam rapidamente a seguir a direção do Espirito Santo em seus corações, em seu andar, e dai em diante já sabiam o que deveriam fazer, mesmo diante de perseguições terríveis. Tentar dizer aos novos TUDO o que devem fazer acabará em torná-los discípulos do discipulador14 e não de Cristo, já que não são encorajados a exercitar o saudável hábito de lavar tudo na presença do Senhor em comunhão com Ele15. Só existe um único Mediador entre Deus e os homens, que é Jesus16. O caminho para auxiliar os novos é com o nosso exemplo de buscar, ouvir e apresentar tudo o que nos preocupa na presença do Senhor17. Por isto os apóstolos sempre estavam em oração, e até jejum, ao apresentarem os novos discípulos ao Senhor. Assim haverá amadurecimento da vida em Cristo e não eternos dependentes de um discipulador, com sério risco de se enquadrar no alerta de Hebreus 5:11-14. O próprio Espirito Santo vai ensinar cada um a reter CRISTO como cabeça e Senhor18 no andar diário e nas decisões da vida nesta terra19.
Salmos 32:9 > Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem.
Gálatas 5:18 > Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.
Continua em <PE6 – Sabendo que o mundo é inimigo de Deus>
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