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continuação de <A didática na Nova Aliança>
1Tmóteo 6:3 > Se alguém ensina outra doutrina1 e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino2 segundo a piedade3,
Aqui mostra que a didática da Nova Aliança é segundo a piedade. O conceito usual religioso/natural sobre piedade é que seria uma devoção religiosa ou religiosidade. Essencialmente um comportamento religioso. Na visão religiosa, a piedade pode ser resultado de educação e até condicionamento, e não conseqüência da vida divina se desenvolvendo no pecador. No original grego, (εὐσέβεια) eusebeia, é formado de (εὐ) “bom”, e (σέβωμαι) sebomai “ser devoto”, denota a devoção ou piedade que é caracterizada por uma atitude voltada para Deus, fazendo exclusivamente o que lhe é extremamente agradável. O Nosso Senhor Jesus é a própria definição de piedade. Antes Dele não havia piedade. Faz exclusivamente tudo o que o Pai deseja4, Aquele que é bom. Só um é bom, que é Deus5. Ou seja, é o Deus encarnado fazendo exclusivamente a vontade do Pai. Sem Deus até é possível ter aparência de piedade, mas não terá o poder6. Na verdade é um grande mistério, como descrito por Paulo a Timóteo:
1Tmóteo 3:16 > Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.
Piedade é ‘Aquele que foi manifestado na carne’. Este é descrito por João:
João 1:1 > No princípio era o Verbo7, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
…..
João 1:14 > E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Portanto juntando estes versículos fica claro que piedade é Deus manifestado na carne!! Como o fato do Criador haver decidido se tornar criatura é totalmente extraordinário, maravilhoso e único no Universo8, é compreensível que tal conceito não esteja nos dicionários das línguas humanas.
Isaias 9:6 > Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;
Para ter uma pálida ideia da maravilha extraordinária que é esta palavra que se tornou carne, é preciso lembrar que Deus é maior que o Tempo. Deus está na eternidade, fora do tempo, onde não existe passado, presente e futuro. Ele é muito maior que toda a criação, que está dentro do tempo. A ciência até hoje não consegue definir o que é TEMPO. Por mais que avance a capacidade intelectual da humanidade, esta não consegue alcançar o que seja estar na eternidade, fora do tempo, que não é a mesma coisa que tempo infinito que jamais acaba. A criação está dentro Dele9. Quando fez a criação, criou o tempo. Assim, não existia sangue na eternidade, mas agora, dentro do tempo, dentro da criação, Deus tem sangue da sua criação10!! Outro versículo intrigante:
Apocalipse 13:8 > e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Sabe-se que o mundo não foi fundado há cerca de 2 mil anos atrás, quando Cristo foi morto na cruz! Então como aqui diz que Ele foi morto desde a fundação do mundo? Isto mostra que o Seu sangue é eficaz mesmo antes da ocasião de Sua morte, pois a oferta de Seu sangue foi pelo Espirito Eterno11.
Colossenses 1:15-17 > Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.
Estes versículos de Colossenses explicam porque Jesus é o primogênito de toda a criação, apesar de ter nascido como homem muito tempo depois da criação existir. Ou seja, quando o Criador se tornou uma criatura, independente de qual momento isto tenha ocorrido, tal criatura tem a preeminência e será como o primeiro ser criado no universo, justamente por ser também o Criador eterno, que sempre existiu e nunca teve começo. Assim, ao se tornar criatura, o Criador levou esta criatura para dentro da eternidade12.
Se queremos entender mais um pouco do que é tal mistério da piedade13, precisamos ir aos evangelhos e estudar e meditar sobre esta criatura extraordinária, que é Deus manifestado na carne – algo muito maior do que o conceito religioso/natural sobre piedade! A sua expressão e ensino eram únicas14. Escândalo para os religiosos, mas poder e sabedoria de Deus para conosco15. Já o simples fato de Jesus se dizer Filho de Deus era para os religiosos uma blasfêmia escandalosa punível com a morte16. Imagina então quão mais escandaloso pregar que este maravilhoso Filho de Deus se esvaziou, se humilhou e foi obediente até a mais humilhante e sofrida morte que a crueldade humana podia conceber17! O oposto da atitude de Lúcifer18 e incompreensível e inaceitável para o homem natural e religioso.
Filipenses 2:5-8 > Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
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