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continuação de <PEC – A escolha do Cônjuge e a vida do casamento>
Novamente a nossa consagração é testada na forma como criamos nossos filhos. Criamos e os educamos para nossa vaidade ou para servirem ao Senhor e escolherem os caminhos do Senhor? Realmente nos preocupamos com o futuro e a eternidade deles, e que não sejam contatos entre os iníquos que serão julgados por Deus (2Timoteo 3:1-9; Tito 1:10-16; 2Pedro 2:4-22; Judas 10)? Se nos deixamos levar pela vaidade, pode ser para buscar reconhecimento como bons pais, passando aos filhos a nossa vã maneira de vida (conforme 1Pedro 1:18,19) a qual consideramos a melhor. Ou pior, na nossa vã maneira de vida, de forma egoísta evitamos disciplinar nossos filhos para garantir a simpatia deles por nós (Provérbios 5:23; 13:24; 29:15; Hebreus 12:8). Neste tipo de abordagem as crianças vão perceber que na verdade amamos a nós mesmos mais do que a elas (Provérbios 20:11), o que irá gerar insegurança nelas sobre o relacionamento com os pais. A falta de limites também gera insegurança para crescer, aprender e explorar o mundo. Afinal, se correr risco ao explorar, quem irá guardar de algum perigo ou dano maior? Outro extremo é o excesso de severidade, que leva o filho a desanimo, ira e revolta. É nestes momentos que a maneira de vida herdada por cada cônjuge irá se manifestar e pode entrar em choque com a do outro. Este é um grande teste, pois é crucial que os pais estejam em pleno acordo diante dos filhos, e não haja divisão entre os pais sobre como educar seus filhos. O mais prudente diante de um impasse a respeito de forma de educar, dada a diferença de maneira de ver de cada cônjuge, é buscar o Senhor para saber como Ele educa (Deuteronômio 8:5; Jó 5:17; Jeremias 7:28; Ezequiel 20:35-38; Gálatas 3:19-25; Hebreus 12:4-10)! Assim buscamos a maneira de Deus e como aplicar em cada situação (Jó 37:13), deixando a nossa maneira de lado.
Não existe melhor método para educar filhos. O que existe são princípios básicos nas escrituras, para cuja aplicação prática precisamos buscar o Senhor para sabedoria em cada circunstância para cada filho. Cada um tem personalidade distinta, e precisamos de ajuda do Espirito para perceber como cada filho está entendendo cada situação e circunstância que demande intervenção dos pais. No homem natural a tendencia em desenvolver veredas tortas é constante (desenvolver interpretações e entendimentos distorcidos – Provérbios 15:10, 32; 22:15). Saber entender e se comunicar com cada filho é um desafio e demanda busca em oração. Precisamos de sabedoria para ensiná-los a cuidar de seus corações como um jardim, aprendendo a endireitar as veredas tortas e remover os valores, atitudes e pensamentos contrários a Deus (figuradamente ervas daninhas). Também precisam aprender prudencia e temor a Deus nas escolhas que fizerem (Provérbios 1:7,29,33; 2:1-15; 8:13; 9:10; 14:27; 15:16; 16:6; 23:17). O viver humano é feito de escolhas e decisões desde a mais tenra idade, que se traduzem em semeadura para a nossa vida (Provérbios 11:18; Gálatas 6:7,8; Tiago 3:18). Normalmente o tolo só enxerga o que está escolhendo, mas não costuma pesquisar o que cada escolha pode acarretar em termos de alguma renuncia, perda de oportunidade ou mesmo a uma exposição a risco desnecessária. Tais escolhas podem tanto nos aproximar do CAMINHO (João 14:6) como nos afastar dele. A Tito, por exemplo, Paulo recomenda o perfil adequado para o presbítero, relativo a educação dos filhos (também em 1 Timóteo 3:4,12):
Tito 1:6 > alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.
O Novo Testamento é sucinto a respeito:
Efésios 6:1-4 > Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.
Colossenses 3:20,21 > Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.
Interessante observar que estes versículos mencionam ‘não provocar os filhos a ira’ e ‘não irritar os vossos filhos’. Este ponto reforça a necessidade de entender os filhos e saber se comunicar conforme o quanto cada um consegue entender. Se exigimos respeito como seus pais, por exemplo, não é por nossa vaidade, mas é por eles, para que se vão bem e se prolonguem os dias deles na terra (Deuteronômio 5:16). Certamente iremos errar e vamos precisar da misericórdia de Deus, mas acima de tudo eles não podem ter dúvida de que buscamos o melhor para eles. Não queremos que eles sejam contatos entre os iníquos que serão julgados por Deus (2Timoteo 3:1-9; Tito 1:10-16; 2Pedro 2:4-22; Judas 10). Acima de tudo a melhor educação é dada pelo nosso modelo e exemplo. Evidentemente que as circunstâncias com nossa família vão expor também a nossa própria tolice e falhas em muitos aspectos. Se formos prudentes para considerar cada situação diante do Senhor e levar diante de Sua luz (João 3:18-21), Deus terá oportunidade de nos limpar e transformar, nos educando (Hebreus 4:16). Isto será para a glória Dele.
Finalmente é importante ressaltar que Deus estabeleceu uma ordem na família.
1Corintios 11:3 > Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. (Também Efésios 5:22,23)
Isto significa que para Deus quem é imputável e presta contas pela família diante Dele é o homem. Assim, o homem deve andar em temor e zelar pela condição espiritual de sua família.
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