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continuação de <PEC – A escolha do Cônjuge e a vida do casamento>
Novamente a nossa consagração é testada na forma como criamos nossos filhos. Criamos e os educamos para nossa vaidade ou para servirem ao Senhor e escolherem os caminhos do Senhor? Realmente nos preocupamos com o futuro e a eternidade deles, e que não sejam contatos entre os iníquos que serão julgados por Deus1? Se nos deixamos levar pela vaidade, pode ser para buscar reconhecimento como bons pais, passando aos filhos a nossa vã maneira de vida2 a qual consideramos a melhor. Ou pior, na nossa vã maneira de vida, de forma egoísta evitamos disciplinar nossos filhos para garantir a simpatia deles por nós3. Neste tipo de abordagem as crianças vão perceber que na verdade amamos a nós mesmos mais do que a elas4, o que irá gerar insegurança nelas sobre o relacionamento com os pais. A falta de limites também gera insegurança para crescer, aprender e explorar o mundo. Afinal, se correr risco ao explorar, quem irá me guardar de algum perigo ou dano maior? Outro extremo é o excesso de severidade, que leva o filho a desanimo, ira e revolta. É nestes momentos que a maneira de vida herdada por cada cônjuge irá se manifestar e pode entrar em choque com a do outro. Este é um grande teste, pois é crucial que os pais estejam em pleno acordo diante dos filhos, e não haja divisão entre os pais sobre como educar seus filhos. O mais prudente diante de um impasse a respeito de forma de educar, dada a diferença de maneira de ver de cada cônjuge, é buscar o Senhor para saber como Ele educa5! Assim buscamos a maneira de Deus e como aplicar em cada situação6, deixando a nossa maneira de lado.
Não existe melhor método para educar filhos. O que existe são princípios básicos nas escrituras, para cuja aplicação prática precisamos buscar o Senhor para sabedoria em cada circunstância para cada filho. Cada um tem personalidade distinta, e precisamos de ajuda do Espirito para perceber como cada filho está entendendo cada situação e circunstância que demande intervenção dos pais. No homem natural a tendencia em desenvolver veredas tortas é constante7. Saber entender e se comunicar com cada filho é um desafio e demanda busca em oração. Precisamos de sabedoria para ensiná-los a cuidar de seus corações como um jardim, aprendendo a endireitar as veredas tortas e remover os valores, atitudes e pensamentos contrários a Deus8.
Também precisam aprender prudencia e temor a Deus nas escolhas que fizerem9. O viver humano é feito de escolhas e decisões desde a mais tenra idade, que se traduzem em semeadura para a nossa vida10. Normalmente o tolo só enxerga o que está escolhendo, mas não costuma pesquisar o que cada escolha pode acarretar em termos de alguma renuncia, perda de oportunidade ou mesmo a uma exposição a risco desnecessária. Esta é a principal razão da necessidade de proteção dos pais sobre os seus filhos até chegarem a maioridade. Precisam ser guardados de más decisões que tenham consequências de longo prazo, que depois, quando forem adultos, não tenham como voltar atrás. A decisão tola mais comum é abandonar os estudos logo no início, por exemplo. Tais escolhas também podem tanto nos aproximar do CAMINHO11 como nos afastar dele (experimentar drogas, escolha de má companhia, má escolha de profissão ou de cônjuge, por exemplo). A Tito, por exemplo, Paulo recomenda o perfil adequado para o presbítero, relativo a educação dos filhos12:
Tito 1:6 > alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.
O Novo Testamento é sucinto a respeito:
Efésios 6:1-4 > Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe13, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.
Colossenses 3:20,21 > Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.
Interessante observar que estes versículos mencionam ‘não provocar os filhos a ira’ e ‘não irritar os vossos filhos’. Este ponto reforça a necessidade de entender os filhos e saber se comunicar conforme o quanto cada um consegue entender. Se exigimos respeito como seus pais, por exemplo, não é por nossa vaidade, mas é por eles, para que se vão bem e se prolonguem os dias deles na terra14. Certamente iremos errar e vamos precisar da misericórdia de Deus, mas acima de tudo eles não podem ter dúvida de que buscamos o melhor para eles. Não queremos que eles sejam contatos entre os iníquos que serão julgados por Deus1. Acima de tudo a melhor educação é dada pelo nosso modelo e exemplo. Evidentemente que as circunstâncias com nossa família vão expor também a nossa própria tolice e falhas em muitos aspectos. Se formos prudentes para considerar cada situação diante do Senhor e levar diante de Sua luz15, Deus terá oportunidade de nos limpar e transformar, nos educando16. Isto será para a glória Dele.
Finalmente é importante ressaltar que Deus estabeleceu uma ordem na família.
1Corintios 11:3 > Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.17
Isto significa que para Deus quem é imputável e presta contas pela família diante Dele é o homem. Assim, o homem deve andar em temor e zelar pela condição espiritual de sua família.
Diante de tudo isto, é necessário que estejamos conscientes de que iremos errar muitas vezes, mesmo tentando acertar. Afinal somos falhos e dependemos da misericórdia de Deus. E também tem a autonomia de cada filho(a), que irá tomar suas decisões próprias, e infelizmente nem sempre serão conforme a educação e orientação recebidas em casa. Talvez em alguns casos, felizmente não levem em conta nossos erros como pais. Isto significa que nosso dever como pais é estar em oração diante de Deus pela nossa família, tal como Já fazia18.
Recomenda-se continuar em <PEE – O Senhor tendo prioridade em relação aos vínculos e afetos naturais>
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