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continuação de <PAF – O mistério da Fé e a Economia divina>
O fato de havermos nascido novamente, nos tornando uma nova criação, requer que a nossa mente seja renovada:
2Corintios 5:15-17 > E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.
Esta exortação deixa claro que na nova criação não podemos confiar na velha mente, como bem atesta:
Romanos 12:2 > E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Ou seja só vamos conseguir compreender plenamente que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável se a nossa mente for renovada. E o mais impressionante, que a nossa própria renovação da mente é requisito para a nossa transformação. Isto é confirmado em efésios, agora falando em revestir do novo homem:
Efésios 4:22-24 > no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade (ἀλήθεια – alētheia = realidade).
Na mesma linha a escritura reitera:
Colossenses 3:9,10 > Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
Na verdade o próprio evangelho pregado por Paulo era manifestação de sabedoria que não é deste século1, e conclui:
1Corintios 2:13-16 > Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura (μωρία – mōria = tolice); e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga (ἀνακρίνω – anakrinō = examina, discerne) todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
Ou seja, esta sabedoria vem do alto e não da filosofia ou ciência humana. A mente natural não consegue conceber as coisas de Deus, e no máximo é possível impor a ela os conceitos como dogmas inquestionáveis. Algo típico de crendice2. Tal sabedoria que vem do alto, não vem, por exemplo, de seminários ou de cursos de teologia. É uma sabedoria que vai além de dom dado por Deus, sendo o próprio Cristo que se torna sabedoria em nós:
1Corintios 1:26-31 > Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
Em seguida Paulo explica como pregava o evangelho3:
1Corintios 2:4,5 > A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
Portanto se ainda há valorização da sabedoria segundo o mundo (religião, filosofia e ciência) na Igreja, é bom estar alerta se ai não estaria carecendo do poder de Deus. A mente renovada é fundamental para a edificação da igreja, tanto que até mesmo a classificação da importância dos dons é conforme a participação da mente4. A Nova Aliança prometida por Deus a Jeremias incluía a gravação das Suas leis em nossas mentes5. E o inimigo de Deus visa corromper as nossas mentes em seus ataques6. Assim, é necessário que estejamos com a mente cingida7, pensando na coisas do alto8 recordando a palavra de Deus9, pois a mente posta na carne dá para a morte, enquanto posta no espírito dá para a vida e paz10. Cuidado com a presunção de que a mente possa ser renovada mediante treinamento da mente do velho homem, como em seminários e/ou estudos de teologia humana. Não podemos esquecer que após nascer de novo (ou do alto: João 3:3) temos 2 naturezas dentro de nós, uma militando contra a outra11.
A tragedia da presunção humana em achar que entendeu a palavra, os mandamentos e os estatutos de Deus, é que acabe levando ao paradoxo de até ir contra Deus, julgando com isto estar servindo-O:
João 16:2,3 > Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim.
Inclusive este foi o testemunho do próprio apostolo Paulo, quando antes de ter encontrado o Senhor a caminho de Damasco12:
1Timoteo 1:13 > a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade.
Mas Paulo, depois experimentou o desvendar com a remoção do véu:
2Corintios 3:13-17 > E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia. Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
Provou também a novidade de Espirito. Paulo percebeu a caducidade da letra a que estava preso, e foi liberto:
Romanos 7:6 > Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.
2Corintios 3:6 > o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
Portanto não podemos confiar na mente natural e carnal do homem natural e em sua maneira de pensar. A história da igreja demonstra exaustivamente quão catastrófica e desabonadora do CAMINHO tem sido tal confiança natural. Gerou inúmeras religiões que tem levado o mundo a desprezar Deus ao invés de intensificar o brilho do Seu testemunho13.
Recomenda-se continuar em <PAH – A mente natural não serve para entender a escritura>
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