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continuação de <Doutrina ou Didática>
Para entender o ministrar do Espirito Santo, é importante resgatar o nosso modelo que é o próprio Senhor Jesus relatado quando Ele encontra os discípulos em direção a EMAUS:
Lucas 24:32 > E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?
O falar de Jesus era de quem tinha autoridade sobre o que falava, pois Ele é a própria Palavra/Verbo, que estava desde o principio com Deus e é o próprio Deus. Como tal o seu falar tem o poder de criar o universo e com certeza endereçar a parte mais intima de nosso ser. Assim, quando Ele fala, o nosso coração arde como perto de uma fogueira. Na verdade, com a Sua vinda em carne, Ele vem para cumprir a promessa de Deus a Jeremias (registrado também em Hebreus 8:7-13):
Jeremias 31:31-34 > Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.
Isto é explicado por Paulo:
2Corintios 3:2,3 > Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações.
Por isto o Ministério da Nova Aliança é muito peculiar e maravilhoso (mais detalhes ver “Nova e velha Aliança”):
2Corintios 2:14-17 > Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus.
Hebreus 4:12,13 > Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.
1Tesssalonicenses 2:13 > Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes.
Pedro ainda testifica:
1Pedro 1:23 > pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.
Ou seja a Palavra semeada em nós é viva e capaz de nos regenerar! (ver também Tiago 1:21).
Por isto, ao instruir Timóteo sobre como se conduzir na Casa de Deus, deixa claro o objetivo do ensinamento segundo a Nova Aliança:
1Timóteo 1:3-4 > Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem diferentemente (ἑτεροδιδασκαλέω – heterodidaskaleō – outra/diferente forma de ensino), nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que a economia (οἰκονομία – oikonomia ou o dispensar) de Deus em fé.
Na maioria das traduções este termo “Economia” é traduzido como dispensação. Assim, o objetivo do ensino é dispensar CRISTO (ver “O falar de Deus sendo o nosso Alimento” e “Alimentando-se do falar de Deus”). Isto significa servir alimento espiritual, que não tenha dolo ou malicia (conforme 1 Pedro 2:2), e que seja saudável para o nosso novo ser que se desenvolve em Cristo (conforme Romanos 8:9-11; Gálatas 4:19; Colossenses 3:1-4). É interessante observar que Paulo qualifica o ensino adequado como “sãs palavras” e não simplesmente “palavras corretas ou ensinamento correto”, deixando claro que o objetivo da “didática” da Nova Aliança é alimentar o espirito e não simplesmente aperfeiçoar o intelecto (1 Timóteo 4:6; 6:3; 2 Timóteo 1:13). Isto é o ensino segundo a piedade (1 Timóteo 6:3 – ver nos próximos artigo sobre piedade). Assim é compreensível que ministração que tenha outros objetivos além do previsto na Nova Aliança, tal como proveito pessoal ou lucro (seria dolo), não consegue inscrever nos corações e edificar o homem interior.
1Tmóteo 6:3 > Se alguém ensina outra doutrina (ἑτεροδιδασκαλέω – heterodidaskaleō – diferente didática ou modo de ensino) e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade,
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