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continuação de <Apresentando o CAMINHO>
O fato de que existem 2 níveis de experiência da salvação fica evidente no episódio do jovem rico em Mateus 19:16-22 (também Marcos 10:17-25; Lucas 18:18-25). Para ganhar a vida eterna, era suficiente guardar os mandamentos (ver Mateus 19:17-19; Marcos 10:21; Lucas 18:22). No entanto, para o caso daquele jovem, se ele quisesse ser perfeito (τέλειος – teleios = pleno/maduro), seria necessário que se desfizesse de suas posses, doando tudo, e depois seguindo ao Senhor. Este segundo passo depende de uma decisão adicional. Caso queiramos seguir o Senhor para sermos amadurecidos, teremos um preço a pagar, que depende da condição de cada um. No caso do jovem citado no evangelho eram as suas posses que ocupavam o seu coração e iriam distrai-lo quando tentasse seguir a carreira após o Senhor. No caso do apostolo Paulo, era a sua reputação ilibada como fariseu e hebreu (Filipenses 3:3-7). No restante do capitulo 3 de Filipenses Paulo deixa um pouco mais claro como é pago o preço por aquele que busca a maturidade. Em 1 Corintios 9:24-27 Paulo já havia testificado ao Corintios sobre estar correndo a carreira.
É importante ressaltar que receber a salvação da perdição eterna NÃO é a mesma coisa do que perseguir a maturidade espiritual para ganhar o galardão de glória. Para a maturidade requer esforço e preço a ser pago por quem assim deseja, enquanto que para a salvação da perdição ninguém pode pagar outro preço além do sangue precioso do Filho de Deus ou realizar qualquer obra para se salvar da perdição (Atos 20:28; Romanos 3:20-28; 4:2,6; 5:9; 9:11,32; 11:6; Gálatas 2:16; 3:2-14; Efésios 1:7; 2:8,9; 2 Timoteo 1:9; Tito 3:5-7; Hebreus 9:14,22; 13:12; 1 Pedro 1:18,19; Apocalipse 1:5). Ou seja, enquanto a salvação da perdição é pela Fé no Filho de Deus e Sua obra, já o galardão de glória requer sim o nosso esforço e preço a ser pago por nós (Mateus 16:17; 1 Corintios 3:8-15; Hebreus 10:35; 11:26; 1 Pedro 1:17; 2 João 1:8; Apocalipse 2:23,26; 3:15-18; 19:8; 22:12). Na primeira etapa somos salvos da perdição, e isto depende apenas de crermos no que Jesus fez por nós. Já ao perseverarmos no CAMINHO que Ele abriu (Hebreus 10:20), seremos salvos da vergonha (Lucas 21:36; 1 João 2:28; Apocalipse 3:2,18; 16:15). Isto tem sido fonte de muita confusão e disputas teológicas na história da Igreja, com facções teológicas considerando apenas um aspecto da salvação e ignorando o outro (ver detalhes em ‘A plena Salvação’).
O resultado do Evangelho pregado pelo apostolo Paulo era tornar os recém convertidos a também serem imitadores de Paulo e seus cooperadores e imitadores do Nosso Senhor (1 Tessalonicenses 1:5,6). Paulo testemunhou aos Filipenses sua atitude pessoal de correr a carreira no CAMINHO em Filipenses 3:4-14, e os exorta a imitá-lo (como também exortou os Coríntios em 1 Coríntios 4:16; 11:1):
Filipenses 3:17 > Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.
O que significa sermos imitadores de Deus e do Nosso Senhor (1 Tessalonicenses 1:6; 2:14; Filipenses 2:5-8). Assim a salvação não se restringe a apenas aceitar o que Jesus fez por nós no passado, mas envolve também seguí-Lo no CAMINHO da cruz HOJE (conforme 1 Coríntios 1:18; Filipenses 3:9,10,18). Se ao aceitarmos o sacrifício de Jesus por nós (Romanos 3:21-26; 5:1,2) podemos nos achegar a Deus para alcançar graça em ocasião oportuna (Hebreus 4:16), a nossa santificação e plena salvação depende de tomarmos a nossa cruz! No entanto o requisito para andar no CAMINHO está claramente posto pelo Nosso Senhor (Mateus 16:24; Marcos 8:34; Lucas 9:23). Mensagem mais clara impossível:
Lucas 9:23 > “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.”
Ou seja, é algo voluntário, pois há um preço a ser pago por parte de quem for seguir a Jesus, e esta é outra decisão que todo o filho de Deus toma todo o dia. Evidentemente que Ele já pagou o preço inicial da salvação dos pecados onde estávamos prisioneiros. O que se segue é o desenvolver a salvação com temor e tremor (Filipenses 2:12). No entanto, não se ouve isto nos evangelhos comumente pregados por ai.
Como em qualquer jornada longa e cheia de incertezas e risco, um mapa é de grande ajuda. Com respeito ao CAMINHO apresentado como Evangelho não é diferente. A Bíblia funciona como um mapa para este CAMINHO (conforme João 5:39,40), mas por mais detalhado que possa ser, um mapa nunca substitui a percepção decorrente da experiência de andar efetivamente neste CAMINHO.
Recomenda-se continuar em <PE3 – Perseverando no CAMINHO>
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